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Barreiras de Contenção de Óleo em Corpos Hídricos — O que você precisa saber antes de escolher

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Barreiras de Contenção de Óleo em Corpos Hídricos — O que você precisa saber antes de escolher

Barreiras de Contenção de Óleo em Corpos Hídricos — O que você precisa saber antes de escolher:

As barreiras de contenção ainda são o recurso mais eficiente para conter manchas de óleo em rios, lagos, igarapés, mares e outros corpos d’água,  no entanto, é importante compreender que elas possuem limitações que podem comprometer o sucesso na resposta a acidentes ambientais.

Segundo especialistas internacionais e orientações do OPRC/IMO (International Maritime Organization), a eficiência das barreiras cai significativamente quando são posicionadas em um ângulo de 90° em relação à correnteza de rios ou ao fluxo de marés. Quando a vazão ultrapassa aproximadamente 1 nó, o óleo começa a passar por baixo da barreira — Independentemente da bitola ( diâmetro da borda livre) se de 6′ , 8′ ou 14 polegadas.

É um erro comum acreditar que barreiras com maior bitola (12, 14 polegadas, por exemplo) terão melhor desempenho em locais com correnteza mais forte. Na verdade, a bitola está relacionada à altura das ondas e não à força da correnteza.

Em águas abrigadas, como rios, lagos e canais, barreiras de menor bitola (3, 6 ou 8 polegadas) são geralmente mais adequadas, pois permitem uma resposta mais ágil. O argumento de que barreiras menores têm saias mais curtas e, portanto, acumulam menos óleo, não se sustenta: quando há grande acúmulo, o ideal é já estar realizando o recolhimento do óleo com skimmers ou materiais absorventes.

Caso esses recursos não estejam disponíveis, um cerco duplo com barreiras de 6 ou 8 polegadas pode ser mais rápido e eficiente do que o uso de barreiras de 12 ou 14 polegadas em áreas de alta vazão.

Portanto, a escolha da barreira não deve se basear apenas no tamanho ( bitolada borda livre), mas na qualidade estrutural, adequação ao ambiente e na metodologia de uso. Um bom plano de resposta inclui treinamento, posicionamento correto das barreiras e equipamentos complementares para recolhimento do óleo.

Este conteúdo foi elaborado por Jackson Krauspenhar, oceanógrafo e especialista em emergências ambientais, instrutor de treinamentos OPRC/IMO na empresa Vertex OSS, acreditada pela Nautical Institute.

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